Os dividendos representam uma maneira concreta de o investidor participar do sucesso das empresas e construir
um patrimônio sólido ao longo do tempo. Vamos explorar como esse mecanismo funciona no Brasil e como você
pode tirar proveito dessas oportunidades.
Dividendos são a distribuição de lucros pelas companhias aos seus acionistas. Trata-se da distribuição de parcela do lucro da empresa, acordada em assembleia.
Quando aprovados, esses valores podem ser pagos em dinheiro ou em ações adicionais, oferecendo ao investidor
uma renda passiva para investidores que desejam complementar ganhos de capital ou sua renda mensal.
No Brasil, a Lei das Sociedades Anônimas estabelece que as empresas devem distribuir, obrigatoriamente,
ao menos obrigatório distribuir pelo menos 25% do lucro líquido ajustado aos acionistas.
O processo ocorre em assembleias ordinárias, após divulgação de resultados, e, em corretoras digitais,
o valor é creditado automaticamente na conta do investidor no dia do pagamento.
O mercado de dividendos no Brasil é conhecido por sua consistência, especialmente em setores como bancário,
energia e mineração.
Esses números mostram como empresas consolidadas conseguem manter bonificações atrativas, mesmo em cenários
voláteis, reforçando a empresas com perfil mais estável como destino preferido de fundos e investidores.
Desde 1995, havia isenção total de IRPF sobre dividendos para pessoa física. Com o projeto de lei 1.087/2025,
entra em vigor a cobrança de retenção na fonte de 10% sobre valores que excedam R$50.000 por mês.
O limite anual de R$600.000 mantém o benefício até esse teto, mas grandes investidores — menos de 0,1%
da população — terão impacto direto se receberem acima de R$1,2 milhão por ano.
Importante ressaltar a isenção de tributação para pessoas físicas aplicada a dividendos aprovados até 31/12/2025,
mesmo que pagos posteriormente.
No cenário global, a prática de tributar dividendos varia entre 10% e 30%. O Brasil, até então uma exceção, alinha-se
a padrões mais comuns, buscando maior equidade tributária e maior arrecadação, sem penalizar o investidor de pequeno porte.
Investir em ações pagadoras de dividendos pode gerar fluxo de caixa previsível, mas exige cuidado e planejamento.
Em 2025, Wilson Sons Holdings registrou dividend yield de 4,10%, enquanto Ampla Energia alcançou 4,55%.
Empresas como Petrobras e Vale, por sua vez, também figuram entre as maiores distribuidoras de proventos.
Esses casos ilustram como companhias com receita robusta e governança sólida conseguem manter distribuição
atrativa, mesmo em momentos de retração econômica.
Dividend yield: percentual do dividendo anual sobre o preço da ação.
Payout ratio: proporção do lucro distribuído aos acionistas.
JCP (Juros sobre Capital Próprio): forma de remuneração alternativa, dedutível para fins tributários da empresa.
Referências